Sinal ruim, público baixo e festa com cara de evento privado geram críticas à gestão de Robério Oliveira

O Pedrão 2025 em Eunápolis, que prometia ser o maior festejo junino do extremo sul baiano, acabou se tornando motivo de revolta para comerciantes, ambulantes e boa parte do público presente. A combinação de problemas estruturais, público abaixo do esperado e decisões polêmicas da prefeitura comprometeu o sucesso do evento.
Entre as principais reclamações, destaca-se a dificuldade nas vendas devido ao péssimo sinal de internet na área do evento, o que impossibilitou transações com cartões e aplicativos. Muitos comerciantes relataram prejuízo, especialmente nas noites de quinta, sexta e domingo, quando o público foi surpreendentemente baixo, contrariando as expectativas da organização.
Ambulantes que pagaram R$ 250 para trabalhar no entorno do estádio também protestaram por terem sido alocados em ruas distantes do movimento, praticamente fora da rota dos foliões. “Pagamos caro para vender e ficamos esquecidos no escuro”, reclamou um vendedor.
Outro ponto que gerou críticas foi a criação de um camarote seletivo, com entrada restrita para convidados especiais da prefeitura. A tentativa de transformar um espaço público, a arquibancada do estádio Araujão, em camarote pago chegou a ser denunciada nas redes sociais e vista por muitos como tentativa de elitizar uma festa popular.
Com tantos problemas, o resultado foi uma festa muito aquém do esperado. A promessa de movimentar o comércio e fortalecer a cultura local ficou no papel. O prefeito Robério Oliveira, principal idealizador do formato atual do evento, sai desgastado após mais uma edição do Pedrão que decepcionou a população.